quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A nova linha de produção do jornalismo









Por Rafael Kenski  
Enquanto jornais e revistas tradicionais não descobrem como ganhar dinheiro na internet, outras empresas estão crescendo fazendo algo bem parecido com jornalismo. Elas receberam o apelido pejorativo de content farm (fazendas de conteúdo) pelo modo como industrializam a produção de notícias, tiram qualquer glamour da profissão e pagam salários baixíssimos aos seus profissionais. Com isso, geram tanta polêmica quanto lucro. A Demand Media , o maior exemplo do gênero, planeja para breve um IPO que deve gerar 1,5 bilhão de dólares, gerados produzindo notícias e vídeos para em uma rede de sites que inclui Cracked e eHow.com. O diretor de parcerias do Youtube chamou a empresa de “O Henry Ford da produção de vídeo”. Mas o ex-colunista do Wall Street Journal Jason Fry tem outra opinião sobre o processo: “Se você quiser saber como o jornalismo vai acabar, olhe para a Demand Media”.

   Existe, no entanto, um bocado de empresas nesse mesmo caminho. Em resumo, elas praticam uma mistura de análise de tendências na internet com crowdsourcing (a prática de terceirizar funções de uma empresa para uma multidão de colaboradores online). Para conhecer melhor esse novo modo de produzir conteúdo para a internet, olhe para os dois pilares que sustentam as content farms:

1) Fazer conteúdo MUITO barato

   Até os grandes jornais já perceberam que, para ganhar dinheiro na internet, é preciso produzir muitos textos, fotos e vídeos. A revista Forbes divulgou nessa semana que todos os seus jornalistas são obrigados a manterem um blog na internet. Não é tão diferente de grande parte das revistas brasileiras, que mesmo sem uma regra dessas, abre blogs para quase toda a redação como algo que eles precisam se preocupar entre uma matéria e outra.

    A Demand Media, no entanto, tem um modelo ainda mais agressivo: elas simplesmente colocam assuntos e pautas online e fazem pequenos pagamentos – muito abaixo da tabela dos jornalistas – para quem trouxer aquele conteúdo. O resultado, produzido com pressa por um exército de 10,000 freelancers avaliados por um questionário, costuma ter bem menos qualidade do que o tradicional do jornalismo, mas isso importa pouco para a empresa. O objetivo é que esses vídeos e textos sejam apenas “bons o suficiente” para gerar cliques e vender anúncios.

    Outro modelo é investir em blogueiros. A Examiner.com tem 42.000 escritores em mais de 400 cidades nos Estados Unidos, produzindo principalmente notícias locais. Já na Associated Content (comprada recentemente pelo Yahoo), não é preciso passar por qualquer avaliação para se tornar um colaboradores. O resultado: 380.000 produzindo 50.000 textos ou vídeos por mês.

2) Escrever sobre o que as pessoas estão buscando

    Em uma redação tradicional, editores definem o que é notícia a partir do que acham importante ou do que imaginam que o leitor queira ler. Em fazendas de conteúdo, quem define as pautas é o software. Na Demand Media, um programa analisa os assuntos mais comentados em buscas na internet, por anunciantes e pela concorrência e gera com isso um rascunho de título para a matéria. Dois editores ganham, cada um, oito centavos de dólar para editar essas pautas e enviar para um site onde outros colaboradores vão se candidatar para produzi-los. O Yahoo/Associated content tem um sistema quase idêntico, com a diferença de que os editores são contratados, e não free-lancers.

Matéria escrita pela Super Interessante.

Site: http://super.abril.com.br/blogs/tendencias/a-nova-linha-de-producao-do-jornalismo/

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Como Fazer uma leitura DINÂMICA

Elimine os ruídos

Desligue a TV, coloque o computador para descansar, prenda o cachorro e esqueça o celular. Sente-se confortavelmente sob um abajur e faça estes exercícios com um texto que você já leu várias vezes, porque é importante treinar com uma informação que você domina.

Descubra a sua marca inicial

Cronometre um minuto no relógio e conte quantas palavras você consegue ler nesse tempo. Um leitor normal lê 150 palavras por minuto, com 60% de aproveitamento. Já um leitor dinâmico lê de 5 a 8 vezes melhor: 800 palavras, com compreensão de 80%.

Use os dedos

Tome cuidado para não pronunciar o que lê, mexendo a boca. Também tente evitar voltar sempre para a mesma linha do texto. Aí o jeito é acompanhar as linhas com o dedo. Agora é só acelerar e ler mais rápido. Você não vai entender nada no começo, mas seu cérebro vai ser forçado a absorver informações.

Visualize blocos

Com a aceleração, seu pensamento vai mudar e seus olhos aprenderão a focar em um único ponto da palavra. É aí que acontece a mágica: você não verá mais o texto como uma seqüência de letras, mas em unidades de pensamento. Para ler, você vai passar das sílabas para as palavras e das palavras para as idéias centrais do texto.

Troque de leitura

Vá aos poucos mudando o tipo de texto. Daquela reportagem que você já decorou, passe para notícias sobre celebridades, por exemplo, que são simples. Você conhecerá rapidamente as últimas bagunças de Paris Hilton – talvez até antes de ela cometer outra. Depois procure algo mais denso. Quer ter uma noção exata? É possível ler Dom Casmurro, que tem mais de 65 mil palavras, em 80 minutos.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Os sete pecados e os dez mandamentos da imprensa

O Jornalismo com o seu foco principal
Informar deixando claro ao leitor, com toda a verdade que realmente é.

Os Sete Pecados

1. Distorção. Deliberada ou inadvertida, é muito comum e pode assumir
várias formas

2. Culto das falsas imagens. É a forma mais comum de distorção na televisão.

3. Invasão da privacidade. É o preço mais pernicioso da mídia do nosso tempo.

4. Assassinato de personagem. A mídia é uma arma carregada quando dirigida com hostilidade.

5. Exploração do sexo. A obscenidade nunca foi empregada de modo tão inescrupuloso.

6. Envenenamento das mentes das crianças pelo que elas vêem, escutam e lêem.

7. Abuso de poder. O dito de que todo poder tende a corromper aplica-se
tanto à mídia quanto à política

Os Dez Mandamentos

1. Desejo dominante de descobrir e contar a verdade.

2. Os jornalistas devem pensar nas conseqüências do que dizem

3. Contar a verdade não é o bastante. Pode ser perigoso sm julgamento formado.

4. Os jornalistas devem possuir o impulso de educar.

5. Os que dirigem os meios de comunicação devem distinguir opinião pública de opinião popular.

6. Disposição para liderar. O poder requer responsabilidade e responsabilidade significa liderança.

7. Mostrar coragem. É a virtude que mais falta na mídia.

8. Disposição em admitir o erro. A livre aceitação do erro é a melhor prova de senso de honra.

9. Eqüidade geral. Jornais justos chamam atenção a quilômetros de distância, porque são raros.

10. Respeita e honrar as palavras. Elas são inseparáveis da verdade.

Paul Johnson

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Política a base do simulacro e sua simulação

Por Tatiane Vegas
Estamos em uma era onde muitos buscam a perfeição, e esta perfeição acaba sendo um exagero a sociedade, principalmente em relação à política. Partidos políticos fazem uma demonstração do não real, demonstram ser aquilo que na maioria não são. Criam uma situação a qual a população sem perceber acaba sendo enganada, visam áreas mais precisas, para ganhar um público e assim vencer a sua tão esperada “perfeição” aquela que com suas lutas trazem a população junto ao político. Sendo ele o favorito de seu público, traz aquela esperança a qual muitos desejam, e no fim não é nada do tão esperado acontecido e representado pelo político.

Ao contrário do que muitos afirmam os indivíduos não deixaram de se interessar pela política. O que acontece é que suas formas de organização, seus objetivos e lutas, estão em desacordo com os padrões tradicionais, o que é um excelente recado no sentido da renovação das formas de se entender, se tratar e se fazer a política. Estão se desinteressando sim, e se constituindo como massa muda, para este simulacro de política que se explicita nas épocas de eleição.

A problemática do trabalho, por exemplo, emprego e desemprego envolvem muitas outras questões que necessitam de políticas específicas, mas continua sendo tratada de forma simples.

Políticas sociais efetivas, que deveriam ser formuladas pelo Estado, são abandonadas em favor de um assistencialismo barato nos momentos eleitorais, que serve apenas para manter vivo o clientelismo. Discursos e atos muitas vezes fundamentalistas, que não admitem questionamentos, buscando se evitar que o simulacro seja desconstruído.
De acordo com o pensamento Jean Braudrilard, sobre o Simulacro ele sita:
"É sempre uma questão de provar o real através do imaginário, de provar a verdade pelo escândalo, de provar o trabalho por intermédio da greve, de provar o capital pela revolução".
Conforme cada eleição os votos são e não é o certo, a população busca aquilo que necessitam e acreditam com a “perfeição” demonstrada pelos políticos, assim fazem escolhas erradas.
No domínio da política, a simulação é total. Os políticos abandonam por alguns instantes o preconceito, e a maquiagem esconde rugas e o cansaço das caravanas.
O público parece ser conduzido como simples ovelhas mudas para o matadouro, no fundo, as pessoas até percebem a verdade, mas aceita toda essa encenação e concordam em ser participantes neste simulacro. Tudo é previamente programado.
Enquanto as pessoas não acordam, essa “política falida“ continua levando nosso país para caminhos cada vez menos favoráveis para o povo, e tudo isso
“em nome da democracia“. Para mudar esse caminho, é necessário que se coloque em pratica o conselho de Jean Baudrillard de “fazer com que esta política falida, assuma a sua morte“.
Para isso, o primeiro passo, é que o publico exerça seu lado critico e deixe de eleger seus governantes apenas pelas palavras bonitas ou a “imagem de honesto”. Está na hora de saber “realmente” quem é o seu candidato. Pesquise, compare, assim, além de saber para quem realmente você está dando o seu voto, você também irá colaborar para a destruição desse simulacro político, que tem dominado nossas eleições.