domingo, 29 de maio de 2011

Falta de médicos no SUS leva a população a adquirir planos de saúde privados



Por Tatiane Vegas
 A falta de médicos no Sistema Único de Saúde (SUS),está se tornando “comum”. É preocupante o fato de um cidadão precisar passar ao médico para se cuidar e simplesmente não encontrar nenhum especialista para o atendê-lo.

Eu sou um exemplo vivo. Há alguns dias fiz o teste, e me coloquei em uma situação que a maioria dos brasileiros vivencia ao precisar de atendimento médico: Utilizar o sistema público de Saúde. A minha escolha, foi por uma Unidade Básica de Saúde do Bairro de Itaquera, já quase no extremo leste de São Paulo. Ao falar com a atendente, expliquei minha situação, queria ser atendida e ser medicada por um especialista, a atendente simplesmente olhou para mim afirmando: “Infelizmente estamos sem médicos já faz um mês, ele está com conjuntivite” No momento que ouvi, estranhei, voltei a perguntar sobre a possibilidade de ser atendida. A resposta foi a mesma, não era brincadeira, realmente o único médico estava doente.. É lamentável a situação da saúde publica nesta região, se o médico ficar doente, uma população inteira não recebe atendimento porque não há um substituto. Passados alguns dias, voltei ao mesmo local e com a mesma solicitação: Ser atendida por um médico, para minha surpresa, a situação havia piorado, na primeira vez, só faltava o médico, já na segunda tentativa, o quadro era de tanto descaso que nem enfermeiros haviam no local. Sai de lá me perguntando como um lugar sem profissionais da área pode ser chamado de Posto de saúde.

Acredite, o extremo Leste de São Paulo, não é o único local onde a saúde publica virou piada, segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada (IPEA) a saúde do país inteiro não apresenta atendimento favorável a quem precisa. O Estudo lançado no mês de fevereiro apresentou a opinião da população sobre serviços de saúde. Foram ouvidas cerca de 2.700 pessoas de todas as regiões do país desde novembro do ano passado. De acordo com o IPEA, 57,9% dos entrevistados que usaram ou acompanharam familiares para atendimento no sistema público nos 12 meses anteriores à pesquisa, apontaram a essa falta de médicos como problema principal por 58,8%.

Principais problemas do SUS são:

• Falta de médicos

• A demora para ser atendido nos postos/centros de saúde ou hospitais

• A demora para conseguir uma consulta com especialista

Para 35,9% das pessoas que utilizaram SUS, a demora no atendimento é o segundo maior problema da rede pública, seguido da demora para conseguir uma consulta com especialistas, 28,9% que não utilizam o sistema público de saúde.

Através desta pesquisa, descobrimos que os principais pontos positivos do SUS apontados por usuários e não usuários foram à universalidade do atendimento.

Embora muitos vejam com bons olhos a gratuidade do SUS, quase metade da população esta adquirindo convênios médicos pelos benefícios, que são como a rapidez no atendimento, rapidez para a realização de consulta ou exame.

Isso mesmo, o trabalhador paga impostos absurdos sobre tudo o que consome, fora isso, tem uma contribuição automaticamente descontada todo mês na folha de pagamento, com estes descontos, sugere-se que ele está pagando por direitos básicos, como o direito a saúde, mas como o governo não cumpre o seu papel de provedor de qualidade de vida, grande parte da população brasileira tem se obrigado a colocar mais uma conta no bolso: o plano de saúde.
Priscila Falabella, gerente de TI, é um, entre os muitos brasileiros que viram-se obrigados a fazer uso da rede privada.” Os benefícios que encontro no convênio estão nos vários exames que posso realizar em inúmeros laboratórios, encontro especialistas em todas as áreas.No meu plano de saúde consigo Fisioterapia e RPG, Acupuntura, Estética, Psicólogos e Psiquiatras, Nutrição. Seria Muito difícil encontrar essas especialidades no SUS. “

Também encontramos Bruna Santos, vendedora, que é usuária do sistema publico de saúde. Segundo Bruna “O único motivo para eu não utilizar a rede privada, é o aperto no orçamento, sendo assim, tenho que enfrentar o descaso na rede publica, que vai desde o mal atendimento por parte de alguns funcionários, até a superlotação dos hospitais.
Portanto este é o quadro do sistema único de saúde, o trabalhador que precisa, muitas vezes não consegue utilizar, pois a falta de médicos em atendimentos emergências é muito grande. Quem pode pagar por um convenio, acaba fazendo esta opção, para não sujeitar-se ao descaso da rede publica, porém a maioria dos brasileiros ainda não podem pagar, e a única opção que lhes resta é ir de hospital em hospital. Não é possível escolher se o atendimento será digno, afinal, já será um grande avanço encontrar um médico disponível.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A mídia como poder e controle


Por Tatiane Vegas
A mídia busca sempre se adequar ao seu público-alvo, ela se destaca por ser "manipulador” da sociedade. Isso ocorre de uma maneira inconsciente para boa parte do público.

Atualmente, é visível o quanto à mídia tem grande controle, o quanto faz com que a sociedade mude acreditando naquilo que vê e ouve. Seja através de realitys Shows, novela, noticiários, revistas e até mesmo em filmes e propagandas.

Esse controle, vemos também, pelo "Sistema de Vigilância" que o filósofo Francês Michel Foucalt apresenta, e suas idéias têm sido usadas na reflexão sobre o uso atual dos meios e estratégias de comunicação.

O pensador francês se inspirou no panóptico: modelo de sistema de reclusão imaginado por Jeremy Bentham pelo qual o presos se sentem observados, mesmo que de fato não sejam. Assim, podemos comparar ao modo que a nossa sociedade vive, como se fossem observados maior parte do tempo, como se alguém criticasse você por estar mais magrinho, mais gordinho, bem vestido ou por ter seus próprios gostos.

Com tudo, fica-se claro, a mídia controla a opinião pública, nos leva a consumir mais que o necessário, e o que na maioria das vezes o que nos influência são as propagandas. Hoje tudo envolve a mídia como, por exemplo, as situações, lugares, momentos...

Tudo faz parte desse poder disciplinar, ja que o homem é o principal alvo e objeto do poder, que tem como meta, a tarefa de incorporar nos corpos características de docilidade. Assim “a disciplina, segundo a genealogia foucaultiana, diz respeito tanto a uma modalidade de poder que se caracteriza por medir, corrigir, hierarquizar, quanto torna possível um saber sobre o indivíduo” (PINHO, 1998, p. 189). Sob o olhar da disciplina existem técnicas que norteiam todos os processos de modelagem, que se caso continuar, é obvio, seremos controlados pelo nosso desejo, por muitas vezes desnecessários.



quarta-feira, 4 de maio de 2011

A cura através da diversão

Paciente fazendo tratamento de fisioterapia através do Nintendo Wii.


Por Tatiane Vegas
Foi-se o tempo em que os games eram considerados apenas diversão. Muitos acreditavam ser perda de tempo, um problema para a saúde e até um vício.

Para algumas pessoas, essa atividade pode parecer prejudicial devido ao excesso do uso, mas na verdade esse pensamento nada mais é do que uma imagem que nossa própria sociedade “cria”, por meio daqueles que não tem seu próprio limite e que passam horas jogando sem administrar seu tempo, mas, segundo psicólogos não podemos generalizar.

Hoje em dia, os games são utilizados também na área da saúde, trazendo benefícios para pacientes. Para aqueles que não sabem é ótimo o uso dos games.

Através de nossas pesquisas conhecemos a FisioGames, uma empresa incubada no MIDI tecnológico - ACATE que surgiu para proporcionar o bem estar, seja por jogos, aplicativos ou ferramentas, onde especialistas desenvolvem produtos e serviços que promovem saúde e qualidade de vida. A FisioGames é a única no Brasil, localizada na cidade de Santa Catarina, fundada em 2009.

“Seu primeiro produto, o Funphysio, é um jogo concebido para completar a lacuna existente entre os jogos digitais não específicos que começaram a ser utilizado por profissionais da saúde, como os do console Nintendo Wii, e a Fisioterapia”, diz Daniel San Martins, diretor da FisioGames.
Todos os jogos criados são de motivação para o paciente, tornam a Fisioterapia mais cativante por ser difícil de fazer, sendo dolorosa e pouco chata. Há dois jogos que trabalham os movimentos mais importantes para a reabilitação funcional e neurológica, um deles é o jogo do balão: o paciente tem que encher os balões fazendo esforço físico para ganhar pontos e passar a fase e o outro é o jogo do sorvete: o paciente é um operador que deve servir sorvetes para os clientes.

“Outro forte diferencial que pode ser muito bem aproveitado em tratamentos como os de AVC (acidente vascular cerebral) é um modo de avaliação de movimento”, afirma Daniel. Esses modos de avaliação, o profissional orienta o paciente, para que ele faça movimentos pelo joystick (sensor).

Para esses tratamentos, não existe idade apropriada, é um tratamento “especial”, porém, de uma maneira que seja para todos que precisarem do método, independentes da faixa etária. Os valores dos tratamentos oferecidos variam muito, dependendo de cada clínica e hospitais conforme cada caso.

Pesquisas da própria empresa comprovam que as mulheres com mais de 37 anos são o maior público para jogos casuais, aqueles mais calmos, sem violência e de fácil de manuseio e que ultimamente os games são utilizados principalmente no tratamento de crianças e idosos.

O interessante é a sensação que os pacientes demonstram como resultado de muita surpresa e diversão. Daniel conta, que em uma das experiências dos profissionais ao desenvolverem os jogos junto a fisioterapeutas, em um hospital da grande Florianópolis, as crianças puderam se entreter e se reabilitar com o Funphysio, praticando as atividades mesmo após o tratamento.

Esse modo de se divertir e curar ao mesmo tempo, está sendo adotado não só no Brasil, mas ao redor do mundo. No Reino Unido, por exemplo, já existe até uma conferência mundial que costuma reunir anualmente cerca de 300 participantes, a Games for Health.

Neste ano, será realizada a 7º Anual Conferência de jogos para a saúde, em Boston, MA, com palestras e especialistas da saúde voltados para games.

Caso tenha algum interesse em conhecer mais sobre a empresa visite o site: http://www.fisiogames.com.br/