quarta-feira, 4 de maio de 2011

A cura através da diversão

Paciente fazendo tratamento de fisioterapia através do Nintendo Wii.


Por Tatiane Vegas
Foi-se o tempo em que os games eram considerados apenas diversão. Muitos acreditavam ser perda de tempo, um problema para a saúde e até um vício.

Para algumas pessoas, essa atividade pode parecer prejudicial devido ao excesso do uso, mas na verdade esse pensamento nada mais é do que uma imagem que nossa própria sociedade “cria”, por meio daqueles que não tem seu próprio limite e que passam horas jogando sem administrar seu tempo, mas, segundo psicólogos não podemos generalizar.

Hoje em dia, os games são utilizados também na área da saúde, trazendo benefícios para pacientes. Para aqueles que não sabem é ótimo o uso dos games.

Através de nossas pesquisas conhecemos a FisioGames, uma empresa incubada no MIDI tecnológico - ACATE que surgiu para proporcionar o bem estar, seja por jogos, aplicativos ou ferramentas, onde especialistas desenvolvem produtos e serviços que promovem saúde e qualidade de vida. A FisioGames é a única no Brasil, localizada na cidade de Santa Catarina, fundada em 2009.

“Seu primeiro produto, o Funphysio, é um jogo concebido para completar a lacuna existente entre os jogos digitais não específicos que começaram a ser utilizado por profissionais da saúde, como os do console Nintendo Wii, e a Fisioterapia”, diz Daniel San Martins, diretor da FisioGames.
Todos os jogos criados são de motivação para o paciente, tornam a Fisioterapia mais cativante por ser difícil de fazer, sendo dolorosa e pouco chata. Há dois jogos que trabalham os movimentos mais importantes para a reabilitação funcional e neurológica, um deles é o jogo do balão: o paciente tem que encher os balões fazendo esforço físico para ganhar pontos e passar a fase e o outro é o jogo do sorvete: o paciente é um operador que deve servir sorvetes para os clientes.

“Outro forte diferencial que pode ser muito bem aproveitado em tratamentos como os de AVC (acidente vascular cerebral) é um modo de avaliação de movimento”, afirma Daniel. Esses modos de avaliação, o profissional orienta o paciente, para que ele faça movimentos pelo joystick (sensor).

Para esses tratamentos, não existe idade apropriada, é um tratamento “especial”, porém, de uma maneira que seja para todos que precisarem do método, independentes da faixa etária. Os valores dos tratamentos oferecidos variam muito, dependendo de cada clínica e hospitais conforme cada caso.

Pesquisas da própria empresa comprovam que as mulheres com mais de 37 anos são o maior público para jogos casuais, aqueles mais calmos, sem violência e de fácil de manuseio e que ultimamente os games são utilizados principalmente no tratamento de crianças e idosos.

O interessante é a sensação que os pacientes demonstram como resultado de muita surpresa e diversão. Daniel conta, que em uma das experiências dos profissionais ao desenvolverem os jogos junto a fisioterapeutas, em um hospital da grande Florianópolis, as crianças puderam se entreter e se reabilitar com o Funphysio, praticando as atividades mesmo após o tratamento.

Esse modo de se divertir e curar ao mesmo tempo, está sendo adotado não só no Brasil, mas ao redor do mundo. No Reino Unido, por exemplo, já existe até uma conferência mundial que costuma reunir anualmente cerca de 300 participantes, a Games for Health.

Neste ano, será realizada a 7º Anual Conferência de jogos para a saúde, em Boston, MA, com palestras e especialistas da saúde voltados para games.

Caso tenha algum interesse em conhecer mais sobre a empresa visite o site: http://www.fisiogames.com.br/

Um comentário:

  1. É interessante a abordagem do texto. Estamos tão acostumados com a idéia que jogos só fazem mal, estimulam a agressividade e o individualismo, que conhecer essa empresa, o jeito que eles encontrarm de promover a saúde e o bem-estar, é incrivel!
    Parabéns pela matéria, sensacional.

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